A Síndrome de Solomon foi desenvolvida pelo psicólogo americano Solomon Asch, e, para comprová-la, fez testes com 123 voluntários, em que avaliou a influência que a opinião dos outros tem sobre o que o indivíduo pensa.
Na prova, o psicólogo mostrou três linhas diferentes, adicionando uma quarta a elas, e os voluntários precisavam dizer quais das linhas eram iguais às desenhadas ao lado. Os alunos que davam sua opinião antes (e que sabiam qual era a resposta correta) induziam a última vítima ao erro, e, no total, 75% das cobaias responderam incorretamente para não ir contra ao que dizia a maioria.
O que Solomon quis determinar com esse experimento, segundo o psicólogo e master coach João Alexandre Borba, é que os seres humanos estão muito condicionados em relação ao que os outros pensam sobre eles. “Podemos perceber a Síndrome de Solomon em nós mesmos quando tomamos decisões ou adotamos comportamentos para evitar nos sobressairmos, destacarmos ou nos diferenciarmos dentro de um determinado grupo social, ou, também, quando boicotamos nossos próprios pensamentos e vontades para seguir no mesmo fluxo da maioria. É muito importante que a nossa identidade sempre acompanhe nossas ações. Uma ação sem a presença forte do “eu”, sempre se torna facilmente influenciada”, explica.
Por vezes, de acordo com Borba, esse sentimento de não querer se destacar pode gerar inveja sobre quem não tem esse medo e não tenta seguir a opinião da maioria. “Superar a Síndrome de Solomon é necessário para que as pessoas possam desenvolver consciência crítica, e o começo disso é superando a obrigação de sempre acreditar e concordar com as opiniões alheias”, observa.
“É preciso compreender a futilidade que é deixar as opiniões dos outros influenciarem o modo como vivemos nossas vidas. Só porque uma grande maioria acredita que X é a verdade absolta, não significa que ela realmente é tudo isso que dizem, ou então que ela se aplica a sua vida. É importante manter o pensamento crítico e analítico constantemente. Sem o mesmo, nos tornamos marionetes não ‘mãos’ de opiniões alheias. Permita-se refletir sobre os mais variados temas, deixando sua mente livre para agir ”, finaliza o psicólogo.
João Alexandre Borba CRP 05/3647
Master Coach Trainer e Psicólogo
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